PDD Holdings (PDD ou P1DD34)
A gigante do homem mais rico da China, Colin Huang, ex-Google, não foi bem no último trimestre, a receita até cresceu, mas as margens caíram e o lucro também, o mercado reagiu bem mal.
A companhia sofreu tanto internamente (Pinduoduo), competição com Alibaba e JD, tanto internacionalmente (Temu), com tarifas e mudanças no EUA; não é um momento fácil para o negócio, mas mantiveram bons investimentos em P&D.
Mesmo com o momento complexo, não custa lembrar que estamos falando de um negócio caixa líquido, com ROE de duplo dígito, forte presença em um dos maiores mercados do mundo, crescendo globalmente e negociando a P/L de 11.
Doximity (DOCS ou D2OC34)
7 analistas rebaixaram recomendação para Doximity depois dos últimos resultados reportados, ajustando as expectativas devido às previsões de crescimento de receita mais próximo de 10% do que os 15% ou mais do passado.
A companhia sofre com efeito colateral do combate da Casa Branca ao preço dos medicamentos, já que boa parte da sua receita vem de contratos com farmacêuticas, que aproveitam o acesso a quase 80% do médicos do país (número questionável).
A despeito das margens estupendas que a companhia mantém, pessoal começa a questionar um P/L de 50 para um negócio que vem desacelerando crescimento e pode ter ventos contrários nos próximos anos.
Mercado Livre (MELI ou MELI34)
Ariel Szarfsztejn assumiu o cargo de CEO da companhia, substituindo o fundador, Marcos Galperin. Dado o histórico dele como COO e a continuidade do dono como Chairman, o mercado nem ligou muito para a troca.
Dias depois do anúncio saíram notícias sobre Anatel recomendando tirar páginas da companhia do ar por venda de eletrônicos não homologados, mas 90% das vendas são de novos; dias depois anunciaram mudanças na logística buscando ser mais eficientes, reforçando visão de superioridade logística que o mercado tem nela.
Naturalmente, MELI não é pechincha, a gente só se acostumou com a entrega consistente e competente de resultados ao longo dos anos, deixa rolar…
Eli Lilly (LLY ou LILY34)
A gigante farmacêutica comprou a SiteOne Therapeutics por cerca de US$ 1 bilhão, que tem um analgésico para dor crônica promissor em Fase 2 no FDA, continuando uma séria de aquisições pontuais que a companhia faz para diversificar o portfólio.
Apesar de podermos questionar se vale a pena contiuar isso com um DL/EBTIDA de 2, não parece que foi por isso que a ação caiu nas últimas semanas, deve ter sido mais porque a Casa Branca partir pra cima do preço dos medicamentos.
Recentemente coloquei textos sobre LLY e NVO aqui no blog:
Novo Nordisk x Eli Lilly - parte 1
Novo Nordisk x Eli Lilly - parte 2
Palo Alto Networks (PANW ou P2AN34)
Quando sua empresa dá um salto de 34% na receita recorrente vinda assinatura de softwares de cibersegurança (NGS ARR), oferecendo soluções que atendem à nova corrida de IA, então você merece destaque aqui neste blog, kkkkk.
Apesar disso, a receita a reconhecer dos contratos (RPO) veio abaixo do esperado, o que deixou os analistas um tanto receosos, a ação não andou tanto, quando um aluno nota 10, do qual se espera cada vez mais, tira nota 9,5, fica um sabor ruim.
A PANW negocia por um múltiplo que não permite nenhum deslize, por participar diretamente na corrida do momento, mercado espera muito da companhia…
Meta Platforms (META ou M1TA34)
A META continua tendo problemas com sua competitividade em IA, depois de perder 11 dos 14 membros de sua equipe de engenheiros, atrasou o lançamento do Behemoth, sua IA mais poderosa, fazendo pessoal questionar sua capacidade de concorrer em IA generativa com OpenAI, Anthropic e Google.
A despeito disso, a ação continua incólume, dado o negócio de publicidade incomparável, mesmo que mais notícias de processos judiciais surjam na Europa (NOYB: US$ 7 bilhões), ou que continuemos com o processo antitruste em aberto para os próximos meses.
Nem dizer que é uma pechincha faz sentido, apesar de que com ROE de duplo dígito alto, crescimento de duplo dígito meio alto, não dá pra dizer que P/L de 25 é caro.